Esporte Olimpíada

PARALIMPÍADAS - É Preciso Saber Viver

setembro 10, 2016o¤° SORRISO °¤o


Os Jogos Paralímpicos Rio2016 foram oficialmente abertos nesta quarta-feira (dia 7/9). A cerimônia foi belíssima e emocionante e com direito a vaias e protestos ao atual presidente Temer. A Cidade Maravilhosa foi retratada em cenas de praia, de seu cotidiano, com barracas, banhistas, surfistas e vendedores ambulantes e, também, com muita música a tiracolo. A festa teve como tema “Todos têm Coração” e ressaltou a relevância da acessibilidade e da inclusão social

Para mim, os pontos altos da festa no Maracanã lotado foram:

1- A apresentação do maestro João Carlos Martins que tocou o Hino Nacional ao piano, enquanto a bandeira do Brasil era hasteada. Apontado como o maior intérprete de Bach, o maestro chegou a abandonar o piano por problemas físicos que atrofiaram suas mãos, mas retornou a carreira aclamado pelo público e pela crítica. O amor pela música falou muito mais alto! 

O maestro João Carlos Martins tocou o Hino Nacional ao piano

A bandeira do Brasil hasteada e uma réplica criada em pleno Maracanã 


2- O coração formado por peças de quebra-cabeças com as fotos dos paratletas trazidas pelas delegações foi um dos meus preferidos. A última peça do puzzle, trazida pela modelo Fernanda Lima com a delegação do Brasil, foi encaixada pelo artista brasileiro Vik Muniz, o responsável pela obra que formou um coração. Um coração que, enquanto pulsa, é vida e cor. O Rio de Janeiro abriu seu coração aos atletas paralímpicos. Lindo demais! 

Obra de Vik Muniz para o tema da festa: "Todos têm Coração" 


3- A passagem da tocha até a pira teve muitas emoções. A principal foi quando Márcia Malsar, ex-velocista ganhadora de medalhas de ouro, prata e bronze nos Jogos Paralímpicos de Nova York e Stoke Mandeville, em 1984, com a bengala em uma mão e a tocha em outra, se desequilibrou e caiu. Mas, num piscar de olhos, levantou-se e vida que segue. Resultado: foi aplaudida e reverenciada por um Maracanã totalmente de pé. Lição de vida. 

Márcia Malsar desequilibrou, caiu e levantou. Maior lição, impossível! 


4- Outros contratempos apareceram no percurso da tocha até a pira. Clodoaldo Silva, o Tubarão, teve que enfrentar embaixo de chuva, uma escadaria que, por encantamento, se transformou em rampa. Só assim, o nadador paralímpico brasileiro, ganhador de 6 ouros, 5 pratas e 6 bronzes, conseguiu chegar à pira e acende-la. Barreiras a serem superadas. Sempre. 

Clodoaldo ultrapassa o obstáculo da escadaria com uma rampa que surge 

O nadador paralímpico, ganhador de 6 medalhas de ouro, 5 de prata e 6 de bronze, acende a Pira

Um grande atleta brasileiro dá vida às chamas da Pira 


5- Amy Purdy, atriz, modelo e paratleta americana de snowboard, dançou com um robô. A coreografia da atleta biamputada mostrou que a tecnologia pode e deve ser parceira do ser-humano. É hora de refletir. 

Amy Purdy une homem e máquina na dança 


6- E, é claro, não podia faltar o que mais me emocionou. A entrada da Bandeira Paralímpica levada por crianças com deficiência motora, integrantes do Projeto Bota do Mundo, junto com seus pais. No Projeto, criado pelo brasileiro e, antes de tudo, pai, Alexandre Faleiros, os pais (ou adultos responsáveis) vestem uma espécie de macacão com botas que os unem nos movimentos, dando as crianças a possibilidade de realizarem seus sonhos de jogarem futebol, através das pernas de seus pais. Simples, criativo e uma ideia contagiante. 

As crianças do Projeto Bota do Mundo emocionaram o público


Para mim, a Paralimpíada é o símbolo-mor da superação física e dos sentidos do ser-humano. Mostra que é possível seguir em frente, se adaptando e se recriando

Logotipo dos Jogos Paralímpicos Rio2016 


Acredito que, às vezes, seja difícil para muitas pessoas verem tantos indivíduos com necessidades especiais juntos. Porque é nesse momento que se percebe o quão frágeis somos como seres-humanos e que a perfeição é apenas uma fantasia. Essa descoberta é impactante

Enfim, a festa terminou com Seu Jorge cantando e embalando todos (público, paratletas e voluntários) ao som de “É Preciso Saber Viver”, música de Roberto e Erasmo. Não podia ter música melhor para representar esses atletas numa cerimônia tão espetacular. 


Beijos mil! :-) 
Criss 


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2 brincadeiras

  1. Eu amei a cerimônia das Paralimpíadas! Minha parte preferida foi a dança com o robô, achei de uma beleza impressionante!

    Beijos.

    BLOG COISA E TAL

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi Fêh.

      Também achei linda a coreografia. Mas, a minha parte preferida foi a Bota do Mundo. Todos se encantaram com a simplicidade da criação que traz tanta alegria às crianças e seus pais.

      Beijos mil! :-)

      Excluir

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“Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato... ou toca ou não toca.”
Clarice Lispector


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