Mês da Mulher

Malala - Pelo direito à educação de jovens mulheres

março 08, 2016o¤° SORRISO °¤o


Se você acha que educação é direito de todos, ótimo! Mas, e quando esse direito lhe é negado apenas por ser mulher? O que fazer? Manter-se firme e perseverante foi o que Malala Yousafzai fez e levar um tiro na cabeça foi a resposta dos extremistas.



Malala nasceu em 1997 no Vale Swat, no Paquistão, um lugar muito conservador, onde a única aspiração de uma mulher era ser esposa e mãe e, assim, cuidar da casa, dos filhos e do marido. No início de sua infância, a educação para meninas ainda era possível, não havia se tornado alvo de questões, mas depois que o grupo fundamentalista muçulmano Talibã assumiu o controle da região em 2007, a situação agravou-se. Já no ano seguinte, quando ela estava com 11 anos, o líder talibã do local exigiu que todas as escolas interrompessem as aulas ministradas às meninas pelo período de 1 mês. 



Mesmo a situação sendo tensa, seu pai, dono da escola onde estudava, pediu auxílio aos militares para permanecer com as meninas indo às aulas. Foi então que Malala começou a escrever para a BBC o blog “Diário de uma Estudante Paquistanesa” sobre as dificuldades enfrentadas em seu país, dominado pelos talibãs, para as jovens frequentarem a escola. 

Os posts deram notoriedade à adolescente, participando de entrevistas, documentários e obtendo até uma indicação ao Prêmio Internacional da Paz da Infância em 2011. 

E, em 9 de outubro de 2012, após deixar a escola, o ônibus escolar em que ela estava foi parado e milicianos favoráveis ao regime talibã entraram, procuraram por Malala e atiraram em sua cabeça. O ataque ocorreu quando o controle dos talibãs no Vale Swat já havia sido perdido para os militares. Pela situação estar mais tranquila no país, o tiro na jovem foi muito mais impactante e chocante. 



Malala foi socorrida e levada para um hospital militar da região, mais tarde foi transferida para um hospital em Birmingham, na Inglaterra, onde iniciaria um tratamento e teria mais chances de se recuperar. Mesmo com uma recuperação rápida e sem sequelas, a jovem só teve alta em janeiro, mas continuou seu tratamento na Inglaterra, onde passou a morar com a família.

Após várias indicações e premiações, em 2014, com apenas 17 anos, Malala foi agraciada com o Prêmio Nobel da Paz, junto com Kailash Satyarthi (da Índia) "pela sua luta contra a discriminação das crianças e jovens e pelo direito destes à educação". 

O conhecimento é poderoso e causa medo aos governantes. É preciso muita coragem para reivindicar seus direitos mais básicos, sendo mulher, em regimes fundamentalistas patriarcais. E sua luta continua. 



E no Dia Internacional da Mulher...
Parabéns para você Malala!
Parabéns para todas as Malalas!


Beijos mil! :-)
Criss


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Clarice Lispector


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