Quando se fala em computador e tecnologia, a gente pensa logo em nerds. Esses rapazes superinteligentes, mas tímidos e antissociais. Contudo, o processamento de dados não existiria se não fosse uma Mulher. É isso aí! Uma mulher letrada, com o título de Condessa, conhecida simplesmente como Lady Lovelace é considerada a primeira programadora da história. Por essa você não esperava, não é?
Augusta Ada King, nasceu em Londres, Inglaterra, no dia 10 de dezembro de 1815. Filha do poeta Lord Byron, apenas um dos maiores poetas britânicos do século 19, e de Anne Milbanke, uma mulher inteligente de quem Ada herdou o gosto pela Matemática. Sua relação com o pai é nula, pois, um mês após seu nascimento ele pede o divórcio, para escândalo geral, e quatro meses depois deixa a Inglaterra. E, sem nunca ter conhecido sua filha, Lord Byron morre aos 36 anos, na Grécia, em 1824.
Com o incentivo da mãe e para evitar que sua filha seguisse os caminhos tortuosos do pai poeta, Ada estudou matemática e lógica. Mostrou desde cedo aptidão para as ciências exatas. Ao conhecer Charles Babbage ela tornou-se colaboradora no desenvolvimento do projeto da Máquina Diferencial de Babbage (em inglês, Difference Engine), uma máquina analítica que operava com elementos finitos. Ou seja, era o primeiro computador e Ada criava os primeiros algoritmos para serem processados por essa máquina – o primeiro software.
Algoritmo de Ada Lovelace |
Réplica em exposição da Máquina Diferencial de Babbage |
Réplica da Máquina Diferencial de Babbage |
E foi assim que Ada, a Encantadora de Números (Enchantress of Numbers), como Charles Babbage a chamava, tornou-se a primeira programadora do mundo.
Em suas notas, Ada ressaltou a diferença entre a Máquina Analítica e as antigas máquinas de calcular, principalmente sua possibilidade de ser programada para resolver qualquer tipo de problema complexo. Ela percebeu que o potencial da Máquina ia muito além de um simples processamento de números. Essa análise sobre a capacidade dos computadores e como o indivíduo e a sociedade se relacionariam com a tecnologia ocorreu mais de cem anos antes que eles acontecessem. Tudo isso em pleno século 19. Visionária essa Lady...
Em suas notas, Ada ressaltou a diferença entre a Máquina Analítica e as antigas máquinas de calcular, principalmente sua possibilidade de ser programada para resolver qualquer tipo de problema complexo. Ela percebeu que o potencial da Máquina ia muito além de um simples processamento de números. Essa análise sobre a capacidade dos computadores e como o indivíduo e a sociedade se relacionariam com a tecnologia ocorreu mais de cem anos antes que eles acontecessem. Tudo isso em pleno século 19. Visionária essa Lady...
Por ironia do destino, Ada Lovelace morreu aos 36 anos, assim como seu pai. Essa brilhante cientista e matemática foi vítima de câncer de útero e foi enterrada ao lado do pai que nunca conheceu de verdade. Infelizmente, a máquina que ajudou a criar também nunca seria construída durante sua existência.
No início dos anos 80, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos desenvolveu uma linguagem de programação baseada em Pascal e batizou de ADA, uma homenagem a Ada Lovelace.
Ada Lovelace, a primeira programadora do mundo |
Outra homenagem é o Ada Lovelace Day, o Dia de Ada Lovelace (em outubro), criado por Suw Charman-Anderson com o objetivo de celebrar as conquistas das mulheres na ciência, tecnologia, engenharia e matemática e incentivar outras mulheres a ingressar em uma dessas áreas dominadas por homens.
Por isso, quando pegar seu computador e executar seu programa favorito, lembre-se que Lady Lovelace esteve lá, no início de tudo, quebrando estereótipos e servindo de inspiração até hoje.
Beijos mil! :-)
Criss
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2 brincadeiras
Não conhecia Ada Lovelace! Nunca poderia imaginar que uma mulher no séc 19 poderia ser dado início ao nosso atual computador! O que Seria do mundo se não fossem as Mulheres!!! Rss
ResponderExcluirBjs, Mary Am Chef.
Pois é, Mary!
ResponderExcluirE, VIVA NÓS!!! :-)
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“Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato... ou toca ou não toca.”
Clarice Lispector