Olhe direto nos meus olhos.
Consegue ver suas lembranças
Ou apenas a poeira em que se transformaram?
Diga o que vê.
Tem medo de que?
De lembrar?
Quando nosso olhar se cruzava
Era como se dois planetas colidissem
E faíscas se espalhavam,
Por todo lugar,
A deriva,
Sem destino.
E com estes lampejos,
Quase sem rumo,
Novos mundos se criavam,
Vulcões emergiam,
Ilhas se formavam.
E, novamente,
Quando nosso olhar se cruzava,
Era a essência da paixão,
A linguagem dos anjos
Tatuada em nossos corações.
Mas hoje, o fogo consumiu
Suas memórias
E em pó se converteram.
Deixei o vento carregar.
Criss