Mês da Folia

Ô Balancê, Balancê!

fevereiro 12, 2018o¤° SORRISO °¤o


Joga o confete! Atira a serpentina! Olha o lança-perfume! Cadê a fantasia? Já é Carnaval. Entre na folia! Mas a festa só está completa com músicas feitas exclusivamente para embalar os alegres foliões. Nos dias de hoje as estrelas dessa festa são os sambas-enredo e os trios elétricos que fazem todos pularem no mesmo ritmo, dentro e fora das quadras das escolas de samba. 

“Chiquita Bacana lá da Martinica... Se veste com uma... Casca de banana nanica.” 



Os foliões se fantasiam e invadem as ruas no Carnaval 



Quando Surgiu A Marchinha? 

Mas, houve uma época em que a rainha do carnaval era a marchinha. A Marchinha ou Marcha de Carnaval era soberana absoluta nos blocos de rua e nos salões repletos de piratas, índios, palhaços, odaliscas, princesas, ciganas, pierrôs e colombinas que cantavam e dançavam sem parar, até o sol raiar. 

“Um pierrô apaixonado... Que vivia só cantando... Por causa de uma colombina... Acabou chorando, acabou chorando.” 

A primeira marchinha reconhecida oficialmente foi “Abre Alas” criada pela compositora, pianista e regente Chiquinha Gonzaga, lá atrás, no ano 1889, para o cordão (bloco) carnavalesco carioca Rosa de Ouro, e acabou se tornando o maior sucesso da compositora. 

“Ó Abre alas que eu quero passar! / Ó Abre alas que eu quero passar! Eu sou da Lira, não posso negar / Eu sou da Lira não posso negar.” 

Kit do folião: máscara, língua de sogra, serpentina e confete 


Nascida no Rio de Janeiro, a marchinha estimulava todos a dançarem, mesmo quem não soubesse dançar. Cada um podia (e ainda pode) inventar sua dança, sem regras, sem convenções, sem certo ou errado. O simples e o espontâneo ditavam a democracia da festa

“Mamãe, eu quero... mamãe, eu quero... Mamãe, eu quero mamar... Dá a chupeta...  dá a chupeta... Dá a chupeta pro bebê não chorar.” 


Qual A Origem Da Marchinha? 

Esse novo estilo musical surgiu como uma descendência direta das marchas populares portuguesas mescladas com o jazz americano formando um ritmo mais acelerado e com letras cheias de duplo sentido. Com muita criatividade e desenvoltura, os compositores brasileiros acabaram por transformá-las em um item imprescindível no Carnaval. 

“Você pensa que cachaça é água? / Cachaça não é água não / Cachaça vem do alambique / E água vem do ribeirão.” 


No suingue do pandeiro 

Ninguém resiste às marchinhas. Nem mesmo a Mônica e o Cebolinha, da Turma da Mônica 


Irônicas e engraçadas, as marchinhas são um retrato e, também, uma caricatura da sociedade e dos costumes daquela época. Desde a história política do Brasil até o dia a dia do brasileiro mais simples, tudo podia ser retratado nas marchas de carnaval. Não havia tema proibido, não existia o politicamente correto, tudo se transformava em uma grande brincadeira. Ela é muito mais do que uma canção alegre e carnavalesca, ela é um reflexo de como era a vida e os desejos do nosso povo. 

“Chegou a turma do funil / Todo mundo bebe, mas ninguém dorme no ponto / Ai, ai ninguém dorme no ponto / Nós é que bebemos e eles que ficam tontos.” 


Quando Aconteceu O “Boom” Das Marchinhas? 

Em virtude da maior participação da classe média nos carnavais de rua, as marchinhas chegaram ao seu apogeu. Elas reinaram de maneira irrestrita durante quatro décadas do século passado, de 1920 até 1960, e só depois é que passaram a ser substituídas pelos sambas-enredo. Mas, isso não quer dizer que elas foram esquecidas, nada disso. Em 1967, Zé Keti, famoso cantor e compositor de samba, deu vida nova ao gênero e compôs o grande sucesso carnavalesco “Máscara Negra”. 

“Quanto riso... oh, quanta alegria! / Mais de mil palhaços no salão / Arlequim está chorando... Pelo amor da Colombina... No meio da multidão.” 


Confete é a munição predileta dos foliões 


As marchinhas continuaram com seu humor escrachado embalando as festas e os bailes, fazendo a alegria dos foliões de todas as idades até os dias de hoje. Vamos pro baile! 

“Ei, você aí... Me dá um dinheiro aí... Me dá um dinheiro aí!” 

  BOM CARNAVAL E DIVIRTA-SE!  


Beijos mil! :-) 
Criss 



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“Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato... ou toca ou não toca.”
Clarice Lispector


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